segunda-feira, 19 de novembro de 2012

                                Greve, violência e mais cortes

Olá a todos(as).
Aqui estou de volta para analisar os últimos acontecimentos políticos.
Acerca da greve geral da passada semana, e tendo em conta a análise, pode-se dizer que houve uma grande afirmação de repúdio pelas medidas de austoridade que se tem vindo a sentir.
Como não podia deixar de ser surgiram notícias nos meios de comunicação a desvalorizar a greve geral, aonde se fizeram reportagens aonde a consciência política não é tão influente como o caso de Bragança e da Madeira.
Ao ver este tipo reportagens, um cidadão comum não deve deixar de sentir nojo com a lavagem cerebral que a grande comunicação social quer fazer.

Relativamente aos incidentes que se passaram nas escadas do parlamento, surge analisar de vários campos.
Porque razão a polícia aguentou 2 horas devido a actos de pessoas criminosas?
(porque estas pessoas não mereçem ser chamadas de outras coisa.)
A carga policial foi excessiva, até porque com os polícias á civil que sabiam quem era os criminosos, podiam muito bem  passar a informação á polícia de choque, de quem eles podiam carregar sobre os criminosos.
De acordo com vários advogados dos detidos, e de advogados da respectiva ordem, houve iligalidades que não se podem cometer num estado de direito. Se tivessemos um Presidente da República ou um Primeiro-Ministro democráticos, o Ministro da Administração Interna teria sido posto fora do poleiro.
Creio que em próximas manfestações, os cidadãos que se manifestem pacificamente devem fugir de confusões afim de evitar carga policial.


Relativamente ás alterações do OE 2013, surgiram nos últimos dias as seguintes propostas:
-  "Fasquia de referência da isenção de IRS, que era de 5,12, euros passa para 4,27 euros...vales e tickets de refeição o limite mantém-se nos 6,83 euros"
 Tendo em conta que o subsídio de refeição e os vales são uma pequena ajuda para balançar o vencimento mensal, esta é mais um corte no vencimento.
 O trabalhador recebe o subsídio de refeição em dinheiro e caso esta proposta seja aprovada, estaremos perante os seguintes hipóteses:
 1ª Hipótese:
Um trabalhador que receba este valor, o subsídio a receber descontado o valor da Segurança Social passará €4.56, e a este valor terá que ser retirado o valor de IRS conforme a situação fiscal do trabalhador.
No final do mês, o trabalhador irá perder no mínimo €12,32 mensais(0,56x22), o que perfaz €147,84 anuais.
O Governo rouba €147,84.
2ª Hipótese:
A entidade patronal decide atenuar a perda de vencimento do trabalhador, e evitando que o Estado não arrecade o imposto.
O trabalhador recebe €5,12 e passará a receber €4,25 ficando assim isento de IRS e Segurança social.
No final do mês, o trabalhor perde €19,14(0,87x22), o que perfaz €229,68.
A Empresa poupa €229,68 anuais por cada trabalhador.
3ª Hipótese:
A empresa deixa de pagar o subsídio de refeição em dinheiro e passa a pagar em vales/tickets.
O trabalhador deixa de receber €5,12/dia e passa a receber €6,83, no final do mês ganha €37,62 mensal, o que perfaz €451,44 anuais.

Tendo em conta o panorama económico para 2013, não é muito difícil prever que será o trabalhador o mais prejudicado.
Na minha opinião, a 2º hipótese será a mais usada, porque esse dinheiro fica na empresa, podendo inclusive optar por começar a pagar o subsídio em dinheiro do que em vales/tickets, e assim o trabalhador irá ainda perder mais dinheiro.

- "O Governo aceitou recuar na sobretaxa, que passa de 4% para 3,5%"
Quanto a isto, o ministro das Finanças considerou hoje que a redução de 4% para 3,5% da sobretaxa em sede de IRS prevista no orçamento é um "resultado favorável que é muito bem-vindo".
De acordo com um estudo da Delloite, ficam isentos de pagar esta taxa os solteiros com rendimento bruto mensal de €778,00, casado 1 titular com rendimento bruto mensal de €1.262,86 e casado 2 titulares com rendimento bruto mensal de €1.556,00.
Estes rendimentos representam um pequena parte da população activa do país, o que não é muito difícil de prever que os portugueses acham "muito bem vindo" um novo imposto que os vais deixar ainda mais pobre.
Um facto curioso é uam certa comunicação social fazer ferência que afinal os portugueses não vão pagar 4% mas sim 3,5%. Dão enfâse nesta notícia como se houvesse um recuo do governo e o contribuintes fica a ganhar.

- O Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) vai poder ser pago em três prestações quando o valor a pagar ultrapasse os 500 euros.
Se esta proposta vier a ser aprovada, os contribuintes com IMI a pagar inferior a 250 euros terão de efetuar o pagamento numa única prestação, em abril, tal como acontece atualmente. Se o valor a pagar for superior a 250 euros, mas inferior a 500 euros, terão de efetuar o pagamento em duas prestações, em abril e novembro. E se o imposto for superior a 500 euros terão de o pagar em três prestações, abril, julho e novembro.
Até aqui tudo bem,  mas é importante relembrar que numa altura em que se sabe que o IMI a pagar em 2013, relativo aos imóveis detidos em 2012 deverá sofrer um aumento significativo em resultado da reavaliação geral de imóveis que está a decorrer e que levará a um aumento do valor patrimonial desses imóveis, de que vale a pena quererem dividir as prestações com o falso pretexto de facilitar o pagamento, se os portugueses vão pagar mais de IMI?
Mais uma vez, vi na comunicação social isto como uma boa proposta, na medida em que isto vai facilitar o pagamento do imposto. Em relação a certos comentadores televisivos e acertos jornais, começo a sentir nojo ao ouvir e a ler este tipo de notícias, com o objectivo de tapar os olhos ás pessoas.

Em resposta ás alterações propostas ao OE 2013, o Primeiro-Ministro referiu "não seria possível mexer muito mais no OE sem que a troika autoriza-se".
Este tipo de afirmações, mostra bem o seu desprezo pela situação que os portugueses vivem e que para o ano irá piorar, bem como, da vassalagem mostrada á Merkel.
A este tipo de reacções, a úncia resposta que os portugueses devem dar é a luta.
Abraços fechados a todos.